Há! Minha cidade pequena.
Passaram-se tantos anos...
Eu voltei para te ver
e você não estava lá,
não era a mesma, cresceu,
espalhou-se por todas aquelas ladeiras,
ganhou novas arquiteturas...
As famílias já não se conhecem,
pois são muitas.
A ponte ficou velha, esburacada,
o rio que lhe banha regrediu
está parecendo um riacho!
Não pude ver peixes nadando
pois o que ainda resta do seu leito.
é sujo e sem vida.
Voltei, mas a saudade continuou,
junto comigo a cidade que eu vejo
ainda tem cheiro de flores do recôncavo
ainda se toma banho na água límpida
do rio sem poluição...
Ainda chegam os homens da roça,
montados em seus burros, jumentos,
mulas e ou cavalos.
Ainda existem animais amarrados no amarradouro.
Tem mulheres cantando “leva eu minha saudade“
enquanto lavam, esfregam e batem as roupas na pedra.
Mariano P. Sousa
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