Indicado pela minha amiga Zilda do Blog Somos todos aprendizes

Trajetos De Uma Estrada

Trajetos De Uma Estrada
Esse é o meu primeiro livro (Trajetos De Uma Estrada)

sábado, 17 de maio de 2014

Insenssibilidade

Insensibilidade

Parece tão difícil
ouvir  e prestar atenção
ao canto de um pássaro,
vive-se tão distante
das coisas simples
nos pequenos espaços.

mesmo se apresentando
entre todos em muitos lugares
passam despercebidas
ignoradas, esquecidas
como se fossem azares.

As flores e os seus perfumes
Sim elas vivem ente nós
Porém a nossa pressa
Nos chama mais atenção
E assim caminhamos sós.

Nossos dias acelerados
esmaece a consciência e
nos faz artificial,
não apreciamos as flores,
não percebemos as cores e
não sentimos o gosto do sal.

O tempo nos escraviza,
as horas não são suficiente,
os meios de contusão
instigam a nossa mente.
Eliminando o olfato,
ofuscando a visão,
distorcendo o que ouvimos e
deixando áspero o que sentimos

será dor ou solidão?

Mariano P. Sousa

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Nesse sol, só

Nesse sol, só

De onde estou só,
sou sol, sobrando
entre nuvens.
Sonhando, me dando,
num aprecio
voltando a um tempo
em que estas nuvens
eram límpidas.

Ai! – Meus olhos ardem!
Alarde,
há pimenta nos ares
mas esses azares
persistirão enquanto o descendente
de certo primata,
persistir no ato
de fingir que protege
o seu habitat.

Nesse sol, só!
-O que há com meu nariz?
-Ele me diz,
há algo errado
não um resfriado,
efeito do efeito,
denominado estufa.

Nem brisa, nem lufa
e eu só a assoar.
Visão olfato,
natural ou artificial,
vamos consertando
é preciso paliar.

Apagar os focos,
são incêndios diferentes
na conscientização.
Respeitando o que ainda temos,
ao contrário seremos

e seguiremos em vão.

Mariano P. Sousa

sábado, 27 de julho de 2013

Paixão Oculta


Ah! Minha cabrocha.
Se ocê adivinhasse,
o quanto eu lhe espio
por detrás das moitas
e dos pés de laranjeira
Hum! Minha adorada,
se ocê desconfiasse,
pelo menos um tiquinho,
me fazia feliz
pra essa vida inteira.

Mas eu fico de longe,
com ôio comprido,
vendo com os óios
e comendo com a testa.
Sonho contigo,
abraço a fronha,
acordo com uma vergonha,
e a tristeza me aperta.

Imagino ocê,
ser minha senhora,
nós dois se quentando,
num fogão de lenha.
Te oiando e piscando,
ocê sirrindo pra eu,
e no nosso rancho,
felicidade venha.

Mas como pode ser?
Se não tenho coragem,
de lhe contar,
o meu sentimento.
Meu peito rói,
lhe vejo uma santa,
vivo a lhe adorar,

minha paixão, meu alimento.

Mariano P. Sousa

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Medo nosso desses dias

Medo nosso desses dias

Esse novo medo:
medo de sair de casa,
medo de não voltar pra casa,
do filho na rua
demorando de chegar.
Todos o trajetos são perigosos,
projéteis cruzam com se fossem andorinhas...
Sim mas continuo com medo:
de ser confundido com
ou ser punido por um dos bandidos.
Pra que lado correr?
-O que esse cidadão fez pra merecer
tanto medo?
-Medo de qualquer um que se aproxime
e que saiba que a lei  esmaeceu,
perdeu-se no tempo como bolha de sabão.
De um lado o abismo, do outro a virtual proteção
e esse pacato, sem saber e nem ter para onde correr.
Ah!  Ainda existe esse medo  de se aposentar
e o que passar a receber ser pra morrer de fome.
Meu medo, nossos medos até quando farão
com que eles cresçam mais e mais a cada dia?


Mariano P. Sousa

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Só apenas




Só neste caso estarei pensando
Apenas nesse raso estarei nadando
Porque coração que bate forte
A algo está ansiando

Só neste lugar estarei descansando
apenas deste alimento estarei  mastigando.
O peito se alimenta de paixão ardente
Pois assim  cumprirei o que estou almejando.

Só com você estarei ficando
Apenas contigo viverei os anos
Pois amor assim felicita os humanos.
Esse amor em nossas vidas estava faltando.

Só felicidade estaremos cultivando
Apenas nos dois de abraços se dando
Nossos olhares de alegria brilhando
Vivendo a vida e caminhando.

Assim será  a nossa estrada
Nos dias e noites e nas madrugadas
Com brilhos de estrelas  e sonho reais
Acreditar nos corações é algo mais.

O termômetro da vida é o coração
O seu descompasso nem sempre é de emoção
Devemos alimentá-lo com a força do amor
E levar a vida onde os amores se dão.

Mariano P. Sousa


terça-feira, 2 de abril de 2013

Amor e encanto


Amor e encanto

Neste belo jardim
eu e você
viajamos no universo.
Meu amor,
se as flores falassem
contavam ao mundo
que eu prefiro seu perfume.
Imune a tudo envolto em você
no núcleo desse amor,
o mundo inteiro está aqui
entre nos dois.
O ontem, o agora e o depois
unificam-se no momento.
Como as águas desse riacho
que passa entre nós e o jardim
e elas fica em movimento, encantadas
andando em círculo vendo
a força que existe entre nós.
Seu azul é mais azul,
sua limpidez de cristal
lapida nosso reflexo.
Como um quadro da natureza,
como uma chama sempre acesa,
ao nosso amor vem clarear.

Mariano P. Sousa




domingo, 24 de março de 2013

Indescritível amor


O jeito como se fala
de um ser abstrato
Ninguém sabe, nem pode definir
Tamanho, aparência, formato...

Ele por conta própria ganha
Formas e dimensões impensáveis
Domina os seres pensadores
Dita proezas incríveis.

Não se embaraça com idioma
Comunica-se com a língua do olhar
Tem magnetismo real
Não tem classe social
Vive o momento onde está.

Entende os piores acontecimentos
Tem visão única das situações
Não vê os empecilhos do caminho
Imune às pontas de espinhos
Transita nas gerações.

É necessário pra viver
A vida com claridade
E entender que dentro de nós
Nasce, cresce e se transforma
Este ser divindade.

Mariano P. Sousa